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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Assembleia Geral

Ontem,22 de Julho,fizemos nossa Assembleia Geral nas depedências do Sebrae.Desde já,agradecemos ao Gerente João Vidal, por ter cedido tão gentilmente o auditório desta entidade.

domingo, 18 de julho de 2010

DIA INTERNACIONAL" NELSON MANDELA"






O primeiro presidente negro da África do Sul, Nelson Mandela, celebra neste domingo (18) seu 92º aniversário o primeiro Dia Internacional de Nelson Mandela, instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) em novembro do ano passado, por sua contribuição "à cultura da paz e da liberdade".

"Ele vai cortar o bolo junto com sua família. Vamos dar muito amor para que ele sinta até que ponto a família gosta dele", contou à a esposa do líder, Graça Michel, que acrescentou que Mandela está bem, embora fraco.

Diante dos muros da residência do ex-presidente no bairro de Houghton, em Johannesburgo, várias pessoas se reuniram para tentar ver o querido 'Madiba', como o chamam afetuosamente os sul-africanos.

Jessy Martina chegou cedo para exibir um cartaz com as palavras "Feliz aniversário, Madiba". Várias crianças também tentam entregar cartas com parabéns escritas por elas mesmas.

"Esperamos mais gente durante o dia. Infelizmente, ninguém pode entrar. A família pediu intimidade", declarou um policial que cuida da segurança da casa.

Homenagens

"Seu sacrifício não apenas serviu a seu povo na África do Sul, como também fez com que o mundo fosse melhor para todos, em todos os lugares. Hoje, neste primeiro Dia Internacional Nelson Mandela, agradecemos a ele tudo o que fez em nome da liberdade, da justiça e da democracia", afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em um comunicado.

De uma caminhada de caridade em Madri até um torneio de futebol em Darfur (Sudão), vários eventos recordam neste domingo o líder sul-africano.

Em seu país, os sul-africanos dedicaram 67 minutos de seu tempo a obras de interesse público, por iniciativa da Fundação Mandela, em referência ao número de anos que dedicou à luta pela igualdade.

Várias personalidades, entre elas o ator Morgan Freeman, que fez o papel de Nelson Mandela no filme "Invictus", subiram numa moto para percorrer durante seis dias a rota até a Cidade do Cabo (sudoeste), parando, de vez em quando, para participar em projetos humanitários.

História

“Nelson” Rolihlahla Mandela deixou a prisão Victor Verster em 1990, caminhando ao lado de sua esposa na época, Winie Madikizela. Aos 72 anos, ele havia passado os últimos 27 atrás das grades por ousar a se opor ao regime racista que dominava a África do Sul. Um mar de pessoas o aguardava nas ruas para dar início finalmente à edificação da democracia sul-africana.

Mandela é filho do conselheiro do chefe máximo do vilarejo de Qunu (atual província do Cabo Oriental), onde nasceu. Aos sete anos, tornou-se o primeiro membro da família a frequentar a escola, onde lhe foi dado o nome inglês "Nelson". Aos 16 anos, seguiu para o Instituto Clarkebury, na África do Sul, onde estudou cultura ocidental.

Militância

Ao final do primeiro ano do curso de Direito na Universidade de Fort Hare, Mandela se envolveu com o movimento estudantil, num boicote contra as políticas universitárias e foi expulso da universidade. Ali iniciou sua militância.

A partir de então se envolveu na oposição ao regime do apartheid, que negava aos negros (maioria da população), mestiços e indianos (uma expressiva colônia de imigrantes) direitos políticos, sociais e econômicos. Uniu-se ao Congresso Nacional Africano em 1942, e dois anos depois fundou com Walter Sisulu e Oliver Tambou (um de seus melhores amigos), entre outros, a Liga Jovem do CNA.

Depois da eleição de 1948 dar a vitória aos afrikaners (Partido Nacional), que apoiavam a política de segregação racial, Mandela tornou-se mais ativo no CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um programa fundamental para a causa anti-apartheid.

Comprometido de início apenas com atos não-violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville, em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180. Em 1961 fundou a ala armada do CNA - Umkhonto we Sizwe (a Lança da Nação) para combater a discriminação do apartheid.

Prisão

Acusado de crimes capitais no julgamento de Rivonia, em 1963, a declaração que deu, no banco dos réus, foi sua afirmação de posição política: "Tenho defendido o ideal de uma sociedade democrática e livre na qual todas as pessoas convivam em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal pelo qual espero viver e que espero alcançar. Mas, se for preciso, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer". Em 1964 Mandela foi condenado à prisão perpétua.

No decorrer dos 27 anos que ficou preso, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou o lema das campanhas anti-apartheid em vários países.

Durante os anos 1970, ele recusou uma revisão da pena e, em 1985, não aceitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Mandela continuou na prisão até fevereiro de 1990, quando foi libertado em 11 de fevereiro pelo presidente Frederik Willem de Klerk, que também revogou a proibição do CNA e de outros movimentos de libertação.

Como presidente do CNA (de julho de 1991 a dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1994 a junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime racista, o apartheid, ganhando respeito internacional.

Em 1999, Mandela conseguiu eleger o sucessor, Thabo Mbeki, que posteriormente foi obrigado a deixar a Presidência depois de uma manobra política do seu maior rival dentro do CNA, Jacob Zuma.

Casamentos, separações e aposentadoria

Mandela casou-se três vezes. A primeira esposa de Mandela foi Evelyn Ntoko Mase, de quem se divorciou em 1957 após 13 anos de casamento. Depois casou-se com Winie Madikizela, e com ela ficou 38 anos, divorciando-se em 1996, com as divergências políticas entre o casal vindo a público. No seu 80º aniversário, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano.

Depois de deixar a presidência, Mandela passou a dedicar suas forças ao combate à crise da Aids na África do Sul, levantando milhões de dólares para combater a doença. Seu uníco filho morreu vítima da doença em 2005.

Na semana passada, foi ao estádio Soccer City de Johannesburgo antes da final da Copa do Mundo entre a Espanha e a Holanda, mas se limitou a saudar o público sem assistir ao encontro.

Há um mês, a morte acidental de sua bisneta o levou a cancelar a participação na inauguração do Mundial.

*Com agências internacio

quinta-feira, 1 de julho de 2010

LEI VALVERDE

Os artesãos já podem contar com o apoio da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Artesãos Brasileiros, com o objetivo de atuar no Congresso, pela aprovação do Projeto de Lei 3.926/04. A Lei Valverde, como é conhecida, define quem são e o que produzem estes profissionais, regulamenta a profissão e cria o Estatuto do Artesão. A Frente já conta com a adesão de mais de 250 parlamentares.

Para o deputado Eduardo da Fonte, do Partido Progressista de Pernambuco, Estado com forte produção artesanal, a iniciativa de regulamentar a profissão de artesão é louvável, principalmente porque, apesar de movimentar mais de R$ 28 bilhões por ano, estes profissionais não encontram respaldo na lei para definir o que é artesanato ou o que é o artesão e, dessa forma, ter acesso até mesmo a investimentos públicos que o possibilitem melhorar sua produção.

Eduardo da Fonte lembra ainda que o Estatuto do Artesão servirá também para “aumentar a auto-estima do profissional, capacitando-o a se inserir num contexto maior de cidadania e de contribuição social”. “Essa iniciativa é fundamental para dar ao artesão condições de participar ativamente, oficialmente da vida econômica do país como contribuinte e como cidadão. Além disso, possibilitará a esses profissionais fomentar a produção artesanal tanto de meu estado, quanto de outros lugares, especialmente no interior do país onde são poucas as opções de trabalho e de emprego. Isso sem falar que a regulamentação da profissão dará segurança, estabilidade, para que eles possam trabalhar tranqüilos, sabendo que quando chegarem a ser idosos, vão ter a garantia de que poderão se aposentar, ter assistência médica... e isso é fundamental para qualquer ser humano, principalmente para aqueles que terminam suas vidas, muitas vezes com problemas de saúde causados pelos esforços exigidos pelo trabalho contínuo”, concluiu o deputado.

Uma profissão que conta a história da humanidade

Mais de oito milhões de pessoas, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Econômico e Comércio Exterior, citados pela coordenadora nacional do Fórum Nacional Pró Regulamentação da Profissão de Artesão, Isabel Gonçalves Bezerra, tecem sete porcento da riqueza gerada no Brasil, tramando fibras naturais, moldando barro, criando flores de folhas secas. O artesanato além de incluir arte na vida das pessoas, guarda um pouco da história de toda a humanidade – pesquisadores revelam hábitos e costumes, pela análise de peças artesanais encontradas em sítios arqueológicos em todo o mundo.

De acordo com o coordenador da Frente e autor do projeto, deputado Eduardo Valverde (PT-RO), a aprovação do Estatuto do Artesão é indispensável para fortalecer o setor e valorizar o artesanato brasileiro. “É necessário que a lei regulamente esta profissão, que nada contra a maré mercantil. O artesanato se caracteriza não pela matéria prima empregada, mas pelo conteúdo valorativo e estético que está impresso em cada peça, que traz em si um pouco do próprio artesão. Além disso, economicamente, o artesanato representa hoje para o Brasil o mesmo que a indústria automobilística, mas o aspecto mais importante é o cultural. O princípio da produção artesanal está em dar continuidade à identidade cultural de nosso povo, é um patrimônio histórico e cultural vivo, porque, ao trabalhar, o artesão está reproduzindo a nossa cultura. Então, por essa riqueza cultural de seu artesanato, pela diversidade étnica de seu povo, o país precisa de uma política pública articulada, que fomente o artesanato, como em outros países, como a Itália, Portugal, como no México, em que há uma política definida, tem ministérios, só para cuidar do artesanato”, explicou Valverde.

Artesãos de todo o país apoiam a criação da Frente

De acordo com Isabel Gonçalves Bezerra, Coordenadora Nacional do Fórum Nacional Pró Regulamentação da profissão de artesão, deste a década de 1980 os artesão têm se organizado para reivindicar políticas públicas, mas “até hoje este grito não foi ouvido”. Segundo Isabel, além da regulamentação como categoria reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, os artesão esperam se organizar “porque hoje não existe um marco legal para dizer o que é artesanato, quem é o artesão e quem dirige o setor. Nós temos o setor esfacelado, com recursos públicos disponíveis para fomentar o artesanato, mas aos quais não temos acesso, o que demonstra como a categoria é penalizada pela inexistência dessas políticas públicas. Além disso, teremos a garantia da nossa previdência social, à qual não temos acesso também, porque estamos à margem de nossos direitos constitucionais”.

Para artesãos como Deonilda Machado, da Federação das Associações e Cooperativas de Artesãos do Paraná, que representa as várias expressões existentes no estado, o artesanato é um diálogo entre várias gerações e só isso já deveria lhe conferir o status de profissão e de patrimônio cultural do país. “No Paraná temos artesãos ucranianos que trabalham com a Pêssanka (arte de pintar ovos ofertados na Páscoa, para desejar paz, vida e prosperidade) e que, quando terminou a guerra fria, voltaram à Ucrânia para ensinar a fazer as Pêssankas, já que esta tradição foi perdida durante os anos da Cortina de Ferro, em que as pessoas foram proibidas de manifestar sua cultura lá. Então, artesanato é isso, é arte, é uma conversa que temos com aqueles que passam seus ensinamentos de geração em geração e é também um pedacinho de cada um de nós, que deixa seus traços nas peças que faz”, diz a tecelã.

Darlindo Oliveira, de Belém do Pará, acha que a regulamentação da profissão é de fundamental importância. Oliveira trabalha com a Balata, um látex extraído de uma árvore só encontrada na linha do Equador, e afirma que por mais amor que se tenha ao ofício, há muita decepção com relação à forma como o artesão é tratado no país. “Por isso viemos aqui ao Congresso, para que os parlamentares se sensibilizem com nossa causa, porque nós não existimos legalmente e isso é muito triste. Estamos aqui lutando porque temos esperança. Ninguém trabalha para ficar novo, a gente vai envelhecer. Então, a esperança é que, sendo regulamentados, nós possamos contribuir com o INSS para que possamos ter uma aposentadoria. Hoje muitos artesãos morrem à mingua, porque não tem uma lei que nos ampare. Então, com a regulamentação, todos vão ser obrigados a contribuir e assim, serão amparados no fim da vida”.

A Lei Valverde (PL 3.926/04) que define a profissão e institui o Estatuto do Artesão, está sob análise da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público e, segundo a relatora Elcione Barbalho (PMDB/PA), deverá ficar pronta para votação em Plenário até o fim de junho deste ano.


Texto: Gabriela Korrossy
Edição: Marta Morosini
Assessoria de Comunicação da Liderança do PP na Câmara
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